Na madrugada desta terça-feira (29), uma mulher foi agredida em sua residência no bairro Portal Kaiabi, após um homem, fugindo de seus sequestradores, invadir a casa e atacá-la. Em seu relato à polícia, a vítima contou que abriu a porta dos fundos e foi surpreendida por um homem alto, magro e com o cabelo pintado de amarelo, que a agrediu com um soco no rosto, causando um ferimento. Seu marido foi alertado pelos gritos e saiu do quarto, mas o agressor já havia escapado, pulando o muro do condomínio.
A mulher foi encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para tratar as lesões. Na UPA, revelou às autoridades o temor de que o ataque pudesse ter sido ainda mais violento caso estivesse sozinha no local. Segundo o síndico do condomínio, que não possui porteiro mas dispõe de câmeras de segurança, o suspeito provavelmente entrou pelo muro frontal, que tem altura mais baixa. As imagens registradas serão analisadas pela polícia.
A Polícia Judiciária Civil (PJC), acionada às 5h da manhã pela Polícia Militar, assumiu a investigação sob comando do delegado Bruno França, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Durante as diligências, o invasor foi localizado na UPA, onde buscava atendimento médico após perder dois dedos da mão esquerda. Segundo seu depoimento, ele foi alvo de uma facção criminosa, que o sequestrou, torturou e tentou executar, mas ele conseguiu fugir, buscando abrigo temporário na residência invadida.
O delegado também revelou que um segundo jovem havia sido sequestrado junto ao agressor. Durante a investigação, a polícia deteve dois suspeitos que confessaram envolvimento e afirmaram ter recebido ordens da facção para executar os jovens. Instrumentos como pás e enxadas foram encontrados no local da tortura, indicando que os criminosos preparavam uma sepultura para as vítimas. Há indícios de que um dos sequestrados conseguiu escapar, embora essa versão ainda esteja em verificação.
O agressor responderá por lesão corporal devido à agressão à moradora. Ele nega envolvimento com a facção criminosa, afirmando que apenas seu colega tinha essa ligação. O delegado Bruno França ressaltou que essa alegação será investigada e que há indícios do envolvimento de outros quatro suspeitos, sendo um deles já identificado e atualmente foragido.
As investigações continuam para apurar a dinâmica completa do crime e os possíveis responsáveis.
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