Um produtor rural de Sorriso foi multado após fiscais do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) flagrarem plantas vivas de soja em sua lavoura durante o período do vazio sanitário, intervalo em que o cultivo da cultura é terminantemente proibido. A irregularidade foi registrada nas primeiras semanas de vigência da medida, em vigor entre 8 de junho e 6 de setembro de 2025.
A ação faz parte de uma fiscalização intensiva conduzida em todo o estado. Até o dia 6 de julho, já foram realizadas mais de 2 mil vistorias, que resultaram em 12 autos de infração e a aplicação de multas somando 1.643 Unidades Padrão Fiscal (UPFs).
De acordo com Renan Tomazele, diretor técnico do Indea, o vazio sanitário é uma medida crucial para conter a ferrugem asiática, doença provocada pelo fungo “Phakopsora pachyrhizi”, que pode comprometer seriamente a próxima safra. Quando a soja é mantida no campo fora do período permitido, o fungo consegue sobreviver, se espalhar mais cedo e com maior força, dificultando o controle e colocando em risco a produtividade.
Sem o devido controle, a ferrugem asiática causa sintomas como o amarelecimento precoce das folhas, queda antecipada e prejuízos diretos na formação dos grãos, o que afeta a rentabilidade do produtor.
Para detectar a presença do fungo, o Indea realiza coletas de folhas com suspeita da doença. Somente em junho, 60 amostras foram analisadas no Núcleo Laboratorial de Sanidade Vegetal (NLSV), em Cuiabá, e 22 delas deram resultado positivo para ferrugem asiática.
Na atual safra (2024/2025), Mato Grosso conta com cerca de 16.299 unidades de produção de soja, distribuídas em aproximadamente 11,3 milhões de hectares.
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