O delegado Waner Neves, responsável pelo caso do médico Bruno Felisberto investigado por disparo de arma de fogo contra sua namorada Kethlyn Vitória de 15 anos afirmou que, ao contrário do que foi divulgado por alguns meios de comunicação, a perícia não comprovou que o tiro disparado pelo médico tenha sido acidental. “Em momento algum o laudo aponta para um disparo acidental”, afirmou.
Segundo o delegado, o laudo pericial foi apresentado nos autos e corrobora a versão do inquérito policial, o que levou à manutenção do indiciamento do médico pelos sete crimes que ele teria cometido. “A versão apresentada por ele foi de que pensou que a arma estava desmuniciada, e por isso acionou o gatilho”, explicou.
O delegado detalhou que, tecnicamente, há uma diferença entre “tiro voluntário” e “tiro acidental”. O tiro acidental ocorre quando há um erro no mecanismo da arma, como uma queda que dispara a munição ou um defeito. Já o tiro voluntário ocorre quando a arma é acionada sem a intenção de disparar, como no caso em questão, onde a vítima estava no colo do médico quando o disparo ocorreu.
Ele também explicou o indiciamento do médico por feminicídio, ressaltando que a posse e o porte da arma eram ilegais. “Ele não tinha permissão para portar a arma, e ao acionar o gatilho sem certeza de que ela estava desmuniciada, com a vítima à sua frente, ele assumiu o risco de matar, o que caracteriza dolo eventual”, afirmou.
O delegado afirma que a perícia não encontrou qualquer defeito na arma e que o médico, em seu depoimento, confirmou ter acionado o gatilho.
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