Uma história marcada por dor e violência voltou a chocar Mato Grosso. Jucieli Ribeiro Caju Boa Morte, de 30 anos, assassinada na segunda-feira (13) em Nobres, era irmã de Jussara Ribeiro, morta em 2021, em Lucas do Rio Verde. As duas perderam a vida em crimes passionais cometidos por ex-companheiros, com apenas quatro anos de diferença entre um caso e outro.
O crime em Nobres (2025)
Na manhã de segunda-feira (13), no bairro Jardim Petrópolis, Jucieli foi surpreendida em casa pelo ex-companheiro, Luciano Oliveira de Sousa, de 32 anos. Armado, ele arrombou uma janela com uma barra de ferro e invadiu o imóvel, onde também estava o atual namorado da vítima.
Durante a invasão, o homem entrou em luta corporal com o novo companheiro de Jucieli e atirou contra ela, que foi socorrida ainda com vida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade de saúde local.
Logo após os disparos, o atual namorado conseguiu tomar a arma e revidou, atingindo Luciano, que morreu no local. A Polícia Civil investiga o caso como feminicídio seguido de morte.
A tragédia anterior — Lucas do Rio Verde (2021)
Em abril de 2021, a irmã de Jucieli, Jussara Ribeiro, então com 32 anos, foi executada pelo ex-marido, o vigilante Lucas Sebastião Matos de Araújo, dentro de um estabelecimento comercial em Lucas do Rio Verde.
O criminoso disparou três vezes contra a vítima e, em seguida, tirou a própria vida. O filho do casal, de apenas 7 anos, presenciou toda a cena e foi resgatado em estado de choque. O caso causou grande comoção na época e foi um dos episódios de feminicídio mais marcantes da região.
Duas vidas interrompidas pela violência
A família Ribeiro enfrenta, agora, a segunda perda de uma filha para a violência doméstica — ambas mortas a tiros por ex-companheiros. O destino trágico reacende o debate sobre a urgência de medidas mais eficazes de proteção a mulheres em situação de risco.
A Polícia Civil de Nobres apura se Jucieli havia registrado boletins de ocorrência ou relatado ameaças anteriores. Já o caso de 2021, em Lucas do Rio Verde, segue como símbolo da luta contra o feminicídio no estado.
Deixe o seu Comentário