Durante o mês de março, a Polícia Civil de Mato Grosso participou ativamente da Operação Nacional Átria, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Nessa mobilização nacional, foram instaurados 932 inquéritos para apurar crimes de violência contra a mulher em todo o país.
Em solo mato-grossense, as 15 regionais da Polícia Civil desencadearam ações preventivas e repressivas, resultando no atendimento a 1.789 vítimas de violência doméstica. Destas, 12 foram resgatadas de situações de perigo com auxílio policial, enquanto 60 sofreram lesões corporais e 18 foram vítimas de violência sexual. Adicionalmente, 780 vítimas requereram medidas protetivas de urgência.
Um contingente de 597 policiais civis se engajou nas operações, sendo integrados pela recém-criada Coordenadoria de Políticas Públicas para Mulheres e Vulneráveis. Esta coordenadoria desempenhou um papel crucial na integração das ações da Operação Átria com as Delegacias Especializadas de Defesa da Mulher e núcleos policiais existentes no interior do estado.
A delegada Jannira Laranjeira, responsável pelas operações, ressaltou o compromisso do Estado em garantir a efetiva aplicação da lei e a proteção dos direitos fundamentais, especialmente no combate à violência contra a mulher. Segundo ela, a operação foi conduzida com alto profissionalismo e comprometimento, resultando em avanços significativos na proteção dos direitos humanos e na promoção da segurança das comunidades.
Ao longo da operação, foram realizadas ações estratégicas em diversas regiões de Mato Grosso, incluindo investigações, fiscalizações e diligências para apurar denúncias de violência. Além disso, foram promovidas 411 palestras que alcançaram cerca de 9,8 mil pessoas, visando conscientizar e sensibilizar a sociedade civil sobre a importância da denúncia e do apoio às vítimas, bem como da construção de uma cultura de respeito e igualdade de gênero.
Os números da Operação Átria em Mato Grosso são expressivos: foram apreendidas 19 armas cortantes, 29 armas de fogo e 789 munições. Além disso, foram realizadas 216 diligências, 41 buscas e apreensões, e registrados 1.681 boletins de ocorrência. Foram concluídos 1.071 inquéritos com autoria identificada e aplicadas 368 medidas cautelares, além das 780 medidas protetivas concedidas às vítimas.
O nome “Átria” foi escolhido em referência à estrela principal da constelação Triângulo Austral, simbolizando a ideia de reposicionar mulheres agredidas e retirá-las da condição de vítima. A operação não apenas visa punir os agressores, mas também promover a segurança e o empoderamento das mulheres em situação de vulnerabilidade.
Redação Portal Estadão MT
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