A concessionária Energisa iniciou, nesta segunda-feira (26), um mapeamento técnico da rede de distribuição de energia na Linha Morocó, localizada na zona rural de Sorriso. A ação visa diagnosticar, in loco, os problemas que vêm afetando o fornecimento de energia na região, como quedas frequentes e oscilações, que têm prejudicado produtores e empreendedores locais.
A equipe técnica da Energisa percorre ainda hoje a extensão da Linha Morocó para avaliar a condição da rede elétrica e atualizar a carga utilizada, ou seja, quantificar quantos equipamentos e estruturas estão conectados e demandando energia do sistema de distribuição.
“A partir deste mapeamento, será possível verificar se uma simples manutenção será suficiente ou se será necessário executar uma obra de melhoria na rede”, explicou o gerente regional de Construção e Manutenção da Energisa, Washington Soares Perez Júnior.
Washington participou, junto ao gestor de Grandes Clientes e Poder Público da Energisa, Elizeu Pereira do Nascimento, de uma reunião mediada pelo Procon, com a presença de representantes da Associação dos Produtores da Linha Morocó, da Administração Municipal e do Ministério Público do Estado (MPE), órgão que já ingressou com ação civil pública contra a concessionária – o processo aguarda julgamento.
O diretor-executivo do Procon, Michel Ferreira, destacou que o objetivo da mediação não é aplicar sanções, mas encontrar soluções. “Nosso papel aqui é facilitar o diálogo e buscar uma solução definitiva para esse problema que se arrasta há anos.”
A Linha Morocó passou por um crescimento expressivo nos últimos anos. O presidente da Associação dos Produtores, Ailan Jonas Dal Molin, listou a dimensão atual da região:
6 grandes armazéns
240 aviários
3 unidades de criação de suínos
4 confinamentos de bovinos
2 pisciculturas de grande porte
Diversos outros empreendimentos menores em uma área de 60 mil hectares
“Temos motores a diesel que usamos como contingência, mas isso gera custo com combustível, instalação e manutenção. O que precisamos é de manutenção preventiva para evitar esses problemas de forma contínua”, comentou Ailan.
O produtor Júlio Samuel Carelle, que atua no ramo de aviários, reforçou que a falta de energia confiável inviabiliza a expansão dos negócios. Já o agricultor Edemar Brustolin colocou a comunidade à disposição para colaborar com a Energisa: “Temos boa vontade e queremos contribuir com uma solução definitiva”.
O secretário-adjunto de Governo, Cledson Assis, acompanhou a visita técnica da Energisa e destacou o apoio da gestão municipal. “Acreditamos que esse reforço no sistema trará benefícios tanto para os clientes da cidade quanto para os produtores do campo.”
A Energisa deve utilizar os dados coletados no mapeamento para elaborar um plano de ação que contemple soluções emergenciais e estruturais, com foco em garantir o fornecimento estável de energia para a região.
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